sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

CURTAS, GROSSAS E RECHEADAS



Recebi centenas de emails contendo vírus. Tudo na mesma data e com o mesmo conteúdo. É a gente percebe quanto a verdade dói para determinadas pessoas de baixo nível. Um aviso: podem continuar mandando, estarei assim ocupado em mandar de volta. E vocês já que não tem nada para fazer ficam ocupados em alguma coisa, principalmente quando o emprego é de favores. O ninho das cobras já tem os ovos das serpentes. Parabéns ao povo hondurenho! Eles conseguiram despachar o Mala, Zelaya! Mas chegará aquele enganador ao um novo destino ou será desviado novamente pelos seus “muy amigos brasileiros” para outros destinos incertos e não sabidos? Já foi tarde! Felizes os hondurenhos que, de forma muito firme, mas pacífica, livraram-se desse genérico de Hugo Chaves. E, falando no “Huguinho” todos nós já sabemos a que ele veio. As provas atuais são evidentes do que ele sempre almejou: um país totalitário, com o apoio de nosso presidente barbudo e seu PAC, que nunca imPACtou nada. Quantas vezes adivinhei as intenções de Chaves? Muitas vezes, já que escrevo para muitos recantos do Brasil.
Mas, ainda falando do Lula lá, vamos lá: Primeiro mandato: Lulinha paz e amor dá mel às moscas, todo sorriso. Segundo mandato: Lula ensaia alguns passos de capoeira/rasteira: PNDH (Projeto Nacional dos Direitos Humanos) PNC (Plano Nacional de Cultura) e o mais recente, lançado agora durante a realização do Forum Social Mundial em Porto Alegre, e que, ainda sem nome, podemos batizá-lo provisoriamente de PNRCL (Projeto Nacional de Repartição Compulsória dos Lucros) através do qual só o empresário fica com a cabeça fervendo por noites mal dormidas para bem gerir a empresa, arcar sozinho com os riscos do negócio e também com os prejuízos em caso de crise e aos empregados exigir as horas trabalhadas pelas quais são devidamente remunerados e com a certeza de que 2% do lucro líquido da empresa serão distribuídos aos empregados igualmente, e mais 3% segundo critérios acordados em negociações semestrais ou anuais. Terceiro improvável, hipotético e ameaçador mandato: Dilma, o genérico de Lula, transforma estas propostas em Projeto de Estado - e o Brasil se transforma afinal em mais um estado totalitário desta porção da América do Sul de hoje. Vide Venezuela! É o Brasil de amanhã caso queiramos!
E falando da ministra Dilma, super-candidata à presidência, ela sempre evita criticar Chavez, ou melhor, Dilma não tem porque criticar Chavez, depois que ele tirou do ar seis emissoras de TV e implantou as recentes medidas nacionalizantes. Ela comunga de todas suas idéias! Afinal, Dilma assinou o Plano Nacional dos Direitos Humanos, através do qual se ataca, entre outras coisas, a propriedade privada, os ruralistas e a liberdade de imprensa. O PNDH é na verdade o programa de governo ratificado por Dilma que seria implantado caso ela tivesse a mínima chance de ser eleita presidente. Contudo, não acredito na derrota dela quando o Nordeste repleto de fanáticos eleitores do Lula lá, onde pulula a total ignorância política, principalmente em razão do bolsa isto e bolsa aquilo. Tivemos realmente muitas coisa tristes nestes oito anos de um governo sem pé e sem cabeça.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

OS SENHORES DA CORRUPÇÃO



Um país maltratado por autoridades incompetentes. Um país, cujo povo constrói moradias em locais perigosos com o apoio dos políticos que flagrantemente permitem tais construções. Um povo sem opções de melhorias. Um povo morrendo por culpa de autoridades fajutas. É assim o Brasil. Dizem que temos um grande futuro pela frente. Será? Nosso futuro não pode ser tão grande assim, quando temos autoridades incapazes de governarem na intenção de melhorar a vida dos menos favorecidos. Pensam apenas nos ricos, nos endinheirados, nos milionários com segundas intenções. Jamais acreditei num futuro que possa dar garantias de bem estar para toda a população brasileira. Estamos mais para a decadência moral, política, educacional e uma vida não saudável, quando temos um sistema de saúde degradante e sem esperanças de melhorar. Este novo ano em breve se tornará velho e velhaco, quando nas eleições teremos de eleger esses muitos falsos políticos com seus discursos mentirosos.
Especialistas asseguram que o Brasil será um país economicamente forte já em 2010. Porém, outros especialistas garantem que continuaremos a viver uma crise ética, principalmente na esfera política. Sei que alguns acreditam que só através do voto podemos mudar o fim da corrupção e a péssima situação política hoje vivida. Eu pessoalmente não acredito nisto. Os “lindos presentes” de muitos políticos preparados e oferecidos ao povo como um enorme tapa na cara de cada um de nós, deixa claro que “eles” não nasceram para serem políticos e sim ladrões, ou criminosos de mão cheia. Ou tem alguém que duvide disso? Contei somente no ano de 2009 vinte escândalos. Foram escândalos e mais escândalos dos políticos, os quais, questionados, apressam-se em sorrirem para as câmaras de TV, querendo demonstrar tranqüilidade e honestidade. O maior escândalo foi justamente já quase no final de 2009 quando as provas foram mostradas para o mundo todo dos políticos, principalmente o governador, o vice-governador e o presidente da Assembléia Legislativa de Brasília. Na verdade estão complicados até o pescoço e até às cuecas. Os vídeos não mentem, mas os senhores da corrupção ainda alegam inocência sem o menor pejo, sem a menor vergonha pelo menos na cara. Dá para perceber, até que me provem o contrário, que são ladrões profissionais já acostumados a roubarem do povo brasileiro há muito tempo. O que nos consola é que a linha sucessória, em caso de renúncia ou impedimento, está comprometida em toda a sua extensão política, e tudo isso vai parar no Judiciário, apesar dos passos de tartaruga aleijada do Judiciário brasileiro.
Aqui em Jaú temos os 300, que não são de Esparta, ou mais pessoas empregadas na Prefeitura sem concurso público. É realmente uma providência de quem não aprecia e não tolera a legalidade. São pessoas que trabalham na maciota, na proteção, na falta de vergonha tanto de quem mandat, quanto dos que obedecem de mão beijada. Somando-se ao primeiro ano de governo do atual prefeito já perfazem, portanto nove anos na Prefeitura a farra do “trem da alegria”, dando ciência ao cidadão de que este governo é nada mais e nada menos do que a continuação do antecessor, o qual foi chamado por mim de “A Coisa”. Temos agora a “Coisa 2”. Isto significa basicamente que o progresso jauense é uma quimera sem fim. Não pode haver progresso quando as leis não são respeitadas. Quem duvidar entre no site da prefeitura de São Caetano do Sul. Nenhum empregado – com exceção dos cargos de confiança – trabalha naquela prefeitura sem concurso. Os cargos de confiança são aqueles mais próximos do mandatário, que visualiza seu governo de uma maneira urgente para uns e menos urgentes para outros. É o seu secretariado. O resto dos trabalhadores tem de passar por uma avaliação nos exames que provarão quem é capaz e quem é incapaz. Isto, no entanto está virando uma balela ou falsa filosofia democrática, causando vergonha para quem é um sincero republicano, se é que existe um sincero republicano neste país. Aposto que não existe nenhum republicano neste país.
Com tantas injustiças sociais o Brasil de hoje se parece muito com a França na véspera da revolução, com a trilogia: liberdade, fraternidade, igualdade. A diferença é que não temos respostas para essa síntese democrática e ficamos como estamos e sempre estaremos, sem resultados positivos, porque a nossa “República democrática” é subjugada e encilhada de cabo a rabo pelos corruptos de plantão. A maioria pertencente à classe política, procedente da classe média e média alta, onde não conhecem a punição que exemplifica e depura uma nação.

Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, Autor do livro “A cebola não dá rosas” entre outros livros.


sábado, 2 de janeiro de 2010

SÓCRATES: MAIS DO QUE UM FILÓSOFO


No ano 463 antes de Cristo nascia em Atenas um garoto que iria mudar o mundo em seus conceitos humanos. Além de filósofo Sócrates foi escultor, militar, um bom guerreiro em campos de batalha, estudou geometria e física. Tudo isto autodidaticamente. Não se limitou em seus estudos, não se fixou em escolas; não compôs nenhuma ciência; não escreveu nenhum livro. O seu modo de ensinar, sem ser professor, era conversando e dialogando com as pessoas que buscavam a cultura. O método era claro: interrogar ironicamente e preparar uma dialética, que levava o interessado em aprender a compreender sem muito raciocínio as informações daquele homem que já nascera mestre. Era fácil localizar o mestre possuidor de respostas para quaisquer perguntas. Estava quase sempre em assembléias e festas populares e nos ginásios. Tudo servia de pretexto para ensinar e sua vida era um verdadeiro apostolado da ciência.
A filosofia de Sócrates chegou até nossos dias através dos pergaminhos onde constavam os “Diálogos de Platão” e dos deixados por Xenofonte. Nos seus agravos combatendo a falsa retórica com de seus gracejos quase sempre satíricos e cheio de sarcasmos, levou-o a ganhar inimigos. Três de seus discípulos: Anito, Mélito e Lícon, a pretexto de vingança por se sentirem ofendidos, acusaram o mestre de impiedoso nas palavras, claro que não passando tal acusação de pretexto já do conhecimento das autoridades. Diante de seus juízes Sócrates manteve uma atitude altiva e digna, rogando como penalidade que fosse condenado a viver no Pritaneu às expensas do Estado. O Pritaneu era o edifício habitado pelos pritanes. Estabelecimento fundado em favor dos que mereceram da pátria alguns favores. São mais ou menos como nossos políticos brasileiros que recebem muitos favores mesmo após sua inútil vida política.
Condenado a beber a cicuta Sócrates manteve impassível e até quase sorriso diante dos juízes. Xantipa, sua esposa, com um gênio diferente protestou veementemente alegando uma farsa, o que era verdade. Conhecida pelo seu irascível gênio a mulher do filósofo rodou à baiana e quase derramou a cicuta nas mãos do carrasco. Mas, Xantipa tinha um grande amor pelo marido e chorou quando Sócrates brindou e bebeu o veneno dos que desejavam a sua morte.
Sócrates ao contrário dos filósofos anteriores e naturalistas pregou como objeto da filosofia o próprio homem, ou uma interpretação refletida do procedimento humano e das regras que a ele presidem. O mestre Sócrates foi o criador da ciência moral e humana. Talvez tenha sido sem a percepção da humanidade, o precursor de Jesus, que nasceria 400 anos depois dentro dos parâmetros da evangelização e não da ciência humana e moral pregada constantemente pelo filósofo. A verdade é que todos os homens que nascem para mudar o mundo são efetivamente assassinados pelo Estado, ou a mando deste, porque evidentemente os mandatários não querem mudar o status ou a posição de conforto deles.
Nós, aqui no Brasil, vivemos numa semelhante situação onde a pobreza da maioria da população é uma evidência catastrófica, sem solução de continuidade, porque os ricos e poderosos insistem em preservar as condições da boa vida deles. Surgindo no Brasil um Sócrates deixa mais do que evidente o assassinato dessa personalidade, posto que a politicalha de plantão não permite a coexistência entre os ladrões dos cofres públicos e as palavras terríveis e mágicas do filósofo revoltado com as injustiças pendentes da suposta República. Uma República brasileira injusta já no seu nascedouro, quando se banhou no sangue dos pobres, chamados pelos republicanos injustamente de “jagunços”, somente porque eram morenos acaboclados, mulatos, quase negros e mesmo negros, revelando os caracteres físicos típicos do sertanejo nordestino. Euclides da Cunha escreveu: “Canudos não se rendeu. Exemplo único de toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, caiu no dia 5 de outubro de 1897, quando mataram os seus últimos defensores. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados”.
Posteriormente 300 mulheres que se renderam, acreditando que seriam poupadas, foram degoladas, juntamente com seus filhos pequenos. É, nossa República já nascera banhada em sangue e atualmente repleta de ladrões nos podres poderes. O quê diria Sócrates sobre isto? Acho que ele preferiria beber a cicuta novamente.

Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, Autor do romance “A cebola não dá rosas” entre outros livros.