sábado, 27 de fevereiro de 2010

VIOLÊNCIAS GERANDO MAIS VIOLÊNCIAS!



Muitas pessoas com respeitosos conceitos costumam escrever elogiando o presidente Lula. Dizem que o Lula deu certo, que possui o dom de discursar muito bem e é um ótimo presidente. Não sei se tais individualidades estejam preparando um terreno para as próximas eleições deles, ou simplesmente sejam bajuladores. Talvez, nunca necessitaram de uma assistência médica em ambulatório público. Aqueles onde a massa da população se concentra em desespero por um atendimento menor que seja de um médico. Quem vai a um desses ambulatórios fica decepcionado não com o governo que sabemos ser míope, mas consigo próprio de ter acreditado que seria bem atendido. Percebe-se que a grande amizade de Lula com pessoas do tipo Hugo Chaves não é à toa. Segundo informações recentes depois desmentidas: passou a comprar gasolina da Venezuela para “socorrer” o amigo infiel, que está numa draga danada. Emprestou dinheiro à Cuba se não me engano um milhão de dólares. Emprestou também à Bolívia e outros tantos países. Antes disso a Bolívia, esperta como ela é, deu um golpe na Petrobrás. Tudo isto aceito pelo presidente Lula como se não houvesse no Brasil uns aproximados 30 milhões de pessoas em completo desespero, mais miseráveis do que pobres. Lula não governa o Brasil, quem o faz são os gorilas do PT. Ele segue apenas às exigências do protocolo governamental. E está satisfeito com isto porque pode agir como garoto propaganda com vistas a eleger Dilma: uma feroz guerrilheira do passado participante de várias ações violentas contra a ditadura, até no assalto aos cofres de Ademar de Barros. E Dilma sempre foi uma supercomunista. O presidente Lula num recente discurso de palanque disse que “é prioridade dele eleger Dilma”, porém nunca foi prioridade desse péssimo presidente melhorar o atendimento médico para o povo brasileiro.
Nós, povo, não fomos torturados pela ditadura militar como fizeram à Dilma. Porém, somos sempre torturados pelos péssimos governos de hoje, de ontem e quiçá do futuro, quando eles sequer têm a dignidade de nos contemplar com uma saúde mais humanizada. Mas, qual o quê! Quando estão no governo parecem desejar a nossa desgraça. Eles não querem investir o nosso dinheiro em serviços públicos melhores porque desejam desfrutá-lo enquanto estão no poder. Isto quando não nos roubam descaradamente. Não querem investir numa educação mais melhorada porque não pretendem educar os pobres. Mantendo-os ignorante, sem nenhuma ou péssima educação são presas fáceis dos políticos larápios. Com exceção da África não há outros países no mundo que se autodenomine de democrático, com tais comportamentos anômalos. Na democracia americana, por exemplo, o político mau caráter pega muitos anos de cadeia sem o luxo de prisão especial. No Brasil o político só vai preso depois que guardou toda a sua “poupança” em outros países. E a prisão por pouco tempo é totalmente vip e bem melhor do que uma festa permanente de aniversário.
Os países, cujas democracias foram para o brejo por causa de políticos ladrões transformaram-se completamente graças à coragem do seu povo, que saiu às ruas, mesmo morrendo, sendo torturados e passando supremas necessidades. Quem conhece um pouco da História do Haiti deve saber disso. O povo revoltou-se. Na França ocorreu o mesmo com o dístico: Fraternidade, Igualdade, Liberdade, transformando o mundo para melhor. Apenas o Brasil ficou fora desse contexto. A República foi instalada por um golpe militar em 1889, em razão do medo e desespero dos ricos, principalmente dos fazendeiros por terem perdido em 1888 a mão de obra gratuita da escravidão. A escravidão depois da República continuou com o chicote chamado “salário mínimo” até os dias atuais. Daí surgiu a miséria absoluta.
Em razão do excesso de violência pelo fato de nossas leis serem fracas no que concerne à punição, a criminalidade aumenta a olhos vistos. É quase uma revolução. Enquanto vamos ficando nesta vidinha de violências gerando mais violências, o futuro trará violências maiores como já se pode analisar pelos assaltos mais sofisticados e verdadeiramente coordenados com pelotões de bandidos treinados para somente fazer aquilo. Isto continuando logo estaremos acostumados com as guerrilhas ao estilo das Farc e então a coisa vai degringolar porque o país é extenso e tem muitos lugares apropriados para uma guerrilha. Somente uma fração de nosso Exército está preparada para uma luta nas florestas.

Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, Autor do livro “És Mulher” entre outros.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

VIOLÊNCIAS GERANDO MAIS VIOLÊNCIAS!


Muitas pessoas com respeitosos conceitos costumam escrever elogiando o presidente Lula. Dizem que o Lula deu certo, que possui o dom de discursar muito bem e é um ótimo presidente. Não sei se tais individualidades estejam preparando um terreno para as próximas eleições deles, ou simplesmente sejam bajuladores. Talvez, nunca necessitaram de uma assistência médica em ambulatório público. Aqueles onde a massa da população se concentra em desespero por um atendimento menor que seja de um médico. Quem vai a um desses ambulatórios fica decepcionado não com o governo que sabemos ser míope, mas consigo próprio de ter acreditado que seria bem atendido. Percebe-se que a grande amizade de Lula com pessoas do tipo Hugo Chaves não é à toa. Segundo informações recentes depois desmentidas: passou a comprar gasolina da Venezuela para “socorrer” o amigo infiel, que está numa draga danada. Emprestou dinheiro à Cuba se não me engano um milhão de dólares. Emprestou também à Bolívia e outros tantos países. Antes disso a Bolívia, esperta como ela é, deu um golpe na Petrobrás. Tudo isto aceito pelo presidente Lula como se não houvesse no Brasil uns aproximados 30 milhões de pessoas em completo desespero, mais miseráveis do que pobres. Lula não governa o Brasil, quem o faz são os gorilas do PT. Ele segue apenas às exigências do protocolo governamental. E está satisfeito com isto porque pode agir como garoto propaganda com vistas a eleger Dilma: uma feroz guerrilheira do passado participante de várias ações violentas contra a ditadura, até no assalto aos cofres de Ademar de Barros. E Dilma sempre foi uma supercomunista. O presidente Lula num recente discurso de palanque disse que “é prioridade dele eleger Dilma”, porém nunca foi prioridade desse péssimo presidente melhorar o atendimento médico para o povo brasileiro.
Nós, povo, não fomos torturados pela ditadura militar como fizeram à Dilma. Porém, somos sempre torturados pelos péssimos governos de hoje, de ontem e quiçá do futuro, quando eles sequer têm a dignidade de nos contemplar com uma saúde mais humanizada. Mas, qual o quê! Quando estão no governo parecem desejar a nossa desgraça. Eles não querem investir o nosso dinheiro em serviços públicos melhores porque desejam desfrutá-lo enquanto estão no poder. Isto quando não nos roubam descaradamente. Não querem investir numa educação mais melhorada porque não pretendem educar os pobres. Mantendo-os ignorante, sem nenhuma ou péssima educação são presas fáceis dos políticos larápios. Com exceção da África não há outros países no mundo que se autodenomine de democrático, com tais comportamentos anômalos. Na democracia americana, por exemplo, o político mau caráter pega muitos anos de cadeia sem o luxo de prisão especial. No Brasil o político só vai preso depois que guardou toda a sua “poupança” em outros países. E a prisão por pouco tempo é totalmente vip e bem melhor do que uma festa permanente de aniversário.
Os países, cujas democracias foram para o brejo por causa de políticos ladrões transformaram-se completamente graças à coragem do seu povo, que saiu às ruas, mesmo morrendo, sendo torturados e passando supremas necessidades. Quem conhece um pouco da História do Haiti deve saber disso. O povo revoltou-se. Na França ocorreu o mesmo com o dístico: Fraternidade, Igualdade, Liberdade, transformando o mundo para melhor. Apenas o Brasil ficou fora desse contexto. A República foi instalada por um golpe militar em 1889, em razão do medo e desespero dos ricos, principalmente dos fazendeiros por terem perdido em 1888 a mão de obra gratuita da escravidão. A escravidão depois da República continuou com o chicote chamado “salário mínimo” até os dias atuais. Daí surgiu a miséria absoluta.
Em razão do excesso de violência pelo fato de nossas leis serem fracas no que concerne à punição, a criminalidade aumenta a olhos vistos. É quase uma revolução. Enquanto vamos ficando nesta vidinha de violências gerando mais violências, o futuro trará violências maiores como já se pode analisar pelos assaltos mais sofisticados e verdadeiramente coordenados com pelotões de bandidos treinados para somente fazer aquilo. Isto continuando logo estaremos acostumados com as guerrilhas ao estilo das Farc e então a coisa vai degringolar porque o país é extenso e tem muitos lugares apropriados para uma guerrilha. Somente uma fração de nosso Exército está preparada para uma luta nas florestas.

Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, Autor do livro “És Mulher” entre outros.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

VIVENDO SEM PERSPECTIVA DE FUTURO



No Brasil a ditadura em 1968 chegava ao auge com o temível AI nº 5. A partir daí os algozes tinham carta branca para fazerem o que bem entendiam. Havia torturadores de todos os matizes. Alguns até com bíblias na mão. Faziam o preso político ler alguns trechos mosaicos e depois o pau comia. E não havia ninguém para socorrer o pobre diabo. A Constituição era como ainda é, e sempre foi apenas letras mortas, inexpressivas e sem nenhuma atividade real, servindo apenas aos interesses escusos de pessoas socialmente privilegiadas. Residíamos eu, minha mãe e meus irmãos no bairro da Luz, perto de um Batalhão de Polícia, o “Tobias de Aguiar”. Subindo pela rua João Teodoro e atravessando a Avenida Tiradentes havia uma prisão. Não se podia passar pelas calçadas porque elas eram bloqueadas. Com as crianças ou menores não havia problema. E minhas irmãs menores que por lá passavam, quando iam para a escola, ouviam gritos estarrecedores.
As saídas de viaturas, carros brucutus e alguns tanques repletos de policiais da tropa de choque indicavam mais uma passeata de estudantes, (os únicos heróis deste país naqueles fatídicos tempos). E isto ocorria quase que diariamente. Os problemas políticos misturavam-se com a luta pela sobrevivência. Os empregos eram cada vez mais raros. A polícia prendia quem portasse Carteira profissional sem registro de emprego. Os empresários deitavam e rolavam sobre a infâmia vivida pelos trabalhadores, que possuíam os mesmos direitos de uma barata. Bem por isto ainda hoje tem quem aprecie saudosamente a ditadura. Claro, o capital ganhava tanto dinheiro que os bancos mal podiam guardar e o capital ainda financiava os torturadores. Tive um patrão que foi assassinado porque se negou a pagar.
Participei de muitas passeatas ao longo de cinco ou seis anos. Fui paralisando após a institucionalização da violência que foi o AI 5, pelo fato dos companheiros de lutas pacíficas desaparecerem nos subterrâneos da luta armada. Fiquei na dúvida: ou partia para a liberdade que a luta armada nos propiciava, ou ficava na escravidão de uma falsa cidadania. Mas, em razão de minha mãe ser viúva e com filhos menores fiz minha opção correta, pois ou estaria morto e desaparecido sem deixar vestígios e minha família também sofreria, posto que a ditadura além de cruel, corrupta e assassina também matava ou torturava as pessoas que eram parentes dos libertadores. Contudo, ainda participei das muitas passeatas que aconteciam. Numa delas, liderada pelo estudante Wladimir Palmeira, um gênio na arte do discurso relâmpago. Foi no Largo do Paissandu quando ouvíamos os principais lideres, que mostravam a camisa ensangüentada de um estudante morto na véspera. Palavras de ordem se repetiam pela multidão de mais ou menos vinte mil pessoas. Todos jovens.
A polícia chegou. Havia policiais de choque e cavalarianos. A tropa de choque subia a São João e os cavalarianos desciam em nossa direção. Na praça já tinha uns duzentos policiais com cães pastores nos observando. Algumas moças choravam. Palavras de ânimo eram proferidas aqui e ali, mas o choque era inevitável, pois estávamos cercados. Tremi nas bases, mas mantive o moral elevado. Com paus e pedras nas mãos fiquei com um grupo que tentava furar o bloqueio policial no rumo da praça da República. Conseguimos passar e fugimos numa correria louca. Alguns policiais tentaram nos pegar, mas foram ficando para trás. Quem ficou no Largo do Paissandu teve de lutar e boa parcela dos estudantes foi presa. Alguns ficaram aleijados de tanto apanhar. Este era e ainda é o Brasil digno de um Hitler, de um Stalin, de um Pinochet: países repletos de injustiças de cabo a rabo. As indenizações pagas aos que sofreram os abusos e torturas são de um valor semelhante àqueles dos porões da ditadura: tirânico, opressivo e esmolento. No entanto, não é assim quando se trata de políticos no poder, quando as indenizações assumem proporções de loterias, enriquecendo mais ainda a atual e rica politicalha. Às vezes chego a duvidar do futuro de nosso país, quando faço uma análise de nossa História. Entra década e sai década e nós continuamos com uma cidadania fajuta, sem futuro, sem político capaz de assumir o Brasil, o Estado, as Prefeituras com a devida seriedade. Todos eles dão a impressão de que querem se eleger para roubar. É esta impressão que fica e vai ficando cada década mais forte nesta verdadeira fantasia carnavalesca de cidadão brasileiro que vamos vivendo. Vivendo sem nenhum futuro.

Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, Autor do livro: “Memórias de um Camelô” entre outros livros.